Incerteza no Instituto de Menores
UFPel adia retorno presencial dos servidores para 3 de março
O retorno dos servidores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) às atividades presenciais, que estava previsto para acontecer de forma escalonada a partir de 7 de fevereiro, foi postergado para 3 de março. A medida, divulgada em memorando do Gabinete da Reitoria no dia 1º de fevereiro, foi tomada pela gestão da Universidade em função da atual situação de enfrentamento à pandemia na região e levando em consideração o início do semestre letivo de 2021/2, em 7 de março.
O avanço da variante Ômicron tem alertado para o reforço dos cuidados. De acordo com a última atualização da situação da pandemia em Pelotas, foram registrados 398 novos casos de Covid-19 somente na quarta-feira (2). A cidade também atingiu 100% de ocupação dos leitos de enfermaria e UTI. Desde o início da pandemia, já foram registrados 1.286 óbitos, 65.259 pessoas positivadas e 53.187 recuperadas. Deste total, encontram-se em isolamento 10.786 infectados.
“Essa variante, segundo infectologistas, é mais transmissível, e isso está claro aqui em Pelotas, pois são muitos contaminados. Nas pessoas vacinadas, os dados demonstram que ela não causa doença severa, mas em não vacinados pode chegar a internação e óbito”, salienta a presidenta da ADUFPel, Regiana Wille.
A docente ainda alerta que, diante da alta taxa de transmissão da nova variante, os cuidados devem permanecer indispensáveis e as aglomerações precisam ser evitadas. Por isso, reforça: “Um retorno dos servidores, agora, seria temerário, e consideramos que esses cuidados devem ser mantidos enquanto essa pandemia não terminar. Será necessário que, a cada momento, as decisões sobre retorno ou não sejam avaliadas para a segurança da comunidade acadêmica”.
Para a coordenadora Geral do Sindicato ASUFPel, Maria Tereza Fujii, o retorno presencial, neste período de expressiva contaminação, não é seguro, e a entidade já acompanhava atenta à situação desde o início de janeiro, quando agendou, para a tarde desta quinta-feira (3), uma reunião com a Reitoria sobre o assunto.
“Por conta dessa realidade, a volta deve ser postergada, esperando uma ocasião mais favorável. Trazer milhares de alunos para Pelotas, neste momento, é muito perigoso, o sistema de saúde não vai dar conta e podemos ter uma situação de caos e perigo para toda a população”, afirmou.
O presidente do Comitê Covid-19 da UFPel, Marcos Britto Correa, também posicionou-se sobre a decisão. Segundo ele, o caminho tomado pela gestão foi acertado, já que estamos vivenciando pico de casos de transmissão da variante Ômicron. “É prudente considerar o retorno dos servidores para março também, que é quando vão retornar as atividades acadêmicas em sua grande maioria na UFPel, assim evitando uma circulação de pessoas desnecessárias neste momento em que a gente se encontra”.
Correa também comentou que o Comitê segue monitorando constantemente a situação da pandemia e irá comunicar caso novas alterações precisem ser realizadas na instituição.
Assessoria ADUFPel
Foto: Arquivo ADUFPel
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