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Trégua entre Israel e Hamas termina nesta segunda; mediadores tentam prologar pausa
Os Estados Unidos, o Catar e mediadores internacionais trabalham para prologar a pausa temporária no conflito entre Israel e Hamas. A trégua de quatro dias acordada entre os dois lados da disputa no Oriente Médio, para libertação de reféns e entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, termina nesta segunda (27).
Em vigor desde a última sexta (24), o acordo estabeleceu um cessar-fogo no enclave palestino, que vem sendo sitiado e bombardeado por Israel desde o dia 7 de outubro, após um ataque do Hamas. Mais de 13.300 civis foram mortos em Gaza, onde estão 2,3 milhões de palestinos desabrigados. De acordo com informações do portal g1, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) convocou uma reunião para discutir a guerra na região.
O encontro foi pedido pela China, que está na presidência temporária do conselho, e contará com a presença do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que embarca ainda hoje para Nova York. A expectativa é que a reunião do Conselho de Segurança debata uma resolução ou orientação para a prorrogação a trégua entre Israel e Hamas. Como também articulam o Catar e o Estados Unidos, que atuaram como intermediadores do primeiro acordo entre as duas partes.
Até agora, 175 pessoas libertadas
Ao longo dos últimos três dias, acusações mútuas entre o Hamas e Israel surgiram, relatando violações dos acordos. A libertação de pessoas continuou por ambos os lados. Ao todo, 175 pessoas foram libertadas até a madrugada desta segunda. Sendo 58 reféns israelenses e 117 palestinos. Nas próximas horas são esperadas novas trocas.
O próprio Hamas defendeu o prolongamento do cessar-fogo por pelo menos mais dois dias que pode ir também até quatro. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também afirmou que pode estender o acordo se forem libertados mais 10 reféns todos os dias. Especula-se que o Hamas tenha mais de 200 reféns, raptados em ações em 7 de outubro, que deixaram 1.200 pessoas mortas.
Netanyahu esteve em Gaza ontem (26), onde declarou ainda que suas tropas retomarão a ofensiva armada após o fim do cessar-fogo, até que o Hamas seja “eliminado”. “Vamos continuar até o fim. Nada nos demoverá e estamos convencidos de que temos o poder, a força, a vontade e a determinação para alcançar todos os objetivos da guerra”, confessou o primeiro-ministro.
Mediação
Em entrevista à CNN, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al-Ansari, disse, contudo, que os mediadores esperam “que o impulso que resultou das libertações e deste acordo de quaro dias nos permita estender a trégua para além destes quatro dias e, portanto, entrar em discussões mais sérias sobre o resto dos reféns”.
Ainda na última quarta (22), após o fechamento do acordo, o Ministério da Justiça israelense divulgou os nomes de 300 prisioneiros palestinos que poderiam ser libertados em troca dos reféns. O dobro da quantidade prevista inicialmente no acordo. Na lista israelense, cerca de 123 pessoas têm menos de 18 anos. O governo de Benjamin Netanyahu se recusou a libertar prisioneiros supostamente condenados por assassinato. Dessa forma, a relação de prisioneiros incluiu acusados por violação de fronteira, incitação ao terrorismo, porte de material explosivo e até mesmo “arremesso de pedras”.
Fonte: RBA
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