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Servidores federais iniciam greve nesta quarta-feira (23)
Servidores federais do INSS, Saúde, Trabalho e Anvisa entrarão em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (23) reivindicando do Governo Federal a abertura imediata de negociação por reposição salarial. Os trabalhadores estão há 5 anos sem qualquer reajuste e reivindicam reposição de 19,99% (índice referente às perdas salariais dos últimos 3 anos).
A atual mobilização ocorre desde que o presidente Jair Bolsonaro reservou R$ 1,7 bi no orçamento de 2022 para reajuste de policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários, deixando de fora todos os outros servidores públicos federais. A medida causou revolta no conjunto do funcionalismo, que desde lá se organiza para reivindicar reposição para todos.
Esta pauta pode retornar ao debate público nos próximos dias, tendo em vista que os reajustes para carreiras federais devem ser definidos até 04 de abril de 2022. A colunista do O Globo, Malu Gaspar, informou nesta segunda-feira (21), que Bolsonaro voltou a repetir que não abre mão de pagar o reajuste aos policiais federais, mais um elemento que pode esquentar esta discussão.
O SindisprevRS (Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência no RS) informou a greve dos servidores da base ao Ministério do Trabalho e Previdência, Ministério da Saúde e Secretaria da Anvisa na sexta-feira (18), assim como aos gestores e superintendentes das pastas. A greve foi decidida em Plenária Nacional virtual da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), realizada em 05 de março de 2022.
Os trabalhadores que compõem estas categorias atuam em órgãos públicos que prestam serviços fundamentais à população, mas que há muito tempo vem sendo sucateados. O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) conta hoje com cerca de 1,8 milhão de benefícios parados, em virtude da defasagem no quadro de servidores e da política de atendimento inadequada definida pelo órgão. Além de reposição salarial, os servidores pedem realização de concurso público para repor a força de trabalho e condições adequadas para atender a população.
O Ministério da Saúde, que é outro exemplo da precarização, recebeu no Orçamento de 2022 o menor recurso desde 2012 (sem considerar os valores destinados ao combate à pandemia), e a recriação do Ministério do Trabalho, por sua vez, não se traduziu em políticas públicas efetivas frente à crise de desemprego e emprego informal. É diante deste cenário de precarização que os servidores não veem outra alternativa senão a greve.
Fonte: SindisprevRS
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