Contraponto: Procissão em homenagem a São Jorge Ogum Guerreiro celebra fé e resistência
Prefeitura intensifica combate à dengue com controle biológico e campanhas comunitárias
Para enfrentar o aumento expressivo de casos de dengue em Pelotas, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), está desenvolvendo novas estratégias para o combate ao Aedes aegypti. Entre as principais medidas em análise está a aquisição de mosquitos contaminados com a bactéria wolbachia, fornecidos pela Fiocruz. Essa tecnologia, já aplicada com sucesso em cidades como Niterói (RJ), utiliza o controle biológico para reduzir a transmissão do vírus.
De acordo com a secretária de Saúde, Ângela Vitória, a iniciativa tem potencial para transformar o cenário da dengue na cidade, com financiamento disponível pelo Ministério da Saúde. Além disso, uma campanha educativa será intensificada nas áreas com maior incidência de focos do mosquito, buscando o envolvimento direto da comunidade.
“O aumento de casos nos últimos anos é alarmante. Passamos de uma média de 20 a 30 casos anuais para mais de 600 em 2024. Precisamos agir com rapidez, especialmente com a chegada do verão, que favorece a proliferação do inseto”, alertou a secretária. Ela também ressaltou a necessidade de ampliar o número de agentes de endemias, atualmente insuficientes para atender à demanda.
Cenário da dengue em Pelotas
Os números confirmam o desafio. Em 2024, Pelotas registrou 619 casos confirmados de dengue e mais de mil notificações suspeitas. Dos focos identificados ao longo do ano, 52,3% estavam em residências, com maior incidência nos bairros Fragata (49,29%) e Três Vendas (19,02%).
Para Ângela Vitória, o papel da população é essencial. “Eliminar focos de água parada é uma ação que começa em casa e precisa ser contínua. Qualquer local com água acumulada pode se tornar um criadouro.”
Confira as medidas em estudo para 2025:
- Aquisição de mosquitos com wolbachia para controle biológico;
- Ampliação do quadro de agentes de endemias (de 52 para 90);
- Intensificação de campanhas comunitárias em áreas críticas;
- Monitoramento contínuo pelos agentes de saúde.
Imagem: Fiocruz
0 comentários
Adicionar Comentário