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Petroleiros fazem paralisação contra demissões em refinaria privatizada

Petroleiros fazem paralisação contra demissões em refinaria privatizada

Trabalhadores da Refinaria Mataripe, antiga Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, decidiram pela paralisação das atividades nesta quarta-feira (6), desde às 6h15. A greve de 24 horas é uma resposta à política de demissão em massa de empregados próprios e terceirizados implementada pela empresa. Os trabalhadores aprovaram a paralisação em reunião com representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), do Sindipetro Bahia e do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Siticcan).

A privatização da Rlam, segunda maior do país, ocorreu em 2021, durante o governo Bolsonaro. Assim, a unidade passou ao controle da Acelen, empresa do fundo privado Mubadala Capital. O fundo árabe pagou US$ 1,8 bilhão, menos da metade do valor da refinaria. Em função disso, a nova gestão da Petrobras vem costurando um acordo para reaver a unidade.

De acordo com a FUP, a Acelen demitiu 150 trabalhadores, sendo 30 próprios e 120 terceirizados. A empresa conta hoje com 1.725 empregados, dos quais 700 terceirizados. Somente nesta terça-feira (5), foram demitidos 28 empregados.

“Lutamos pela manutenção dos empregos e contra a política irresponsável da Acelen que promove a cada dia demissões em massa”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, em nota. Ao mesmo tempo, a FUP e as entidades sindicais vêm negociando o retorno de 300 trabalhadores que foram transferidos da Rlam após a privatização.

Retorno à Petrobras

Em viagem a Abu Dhabi em fevereiro, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou que está construindo uma parceria com o fundo Mubadala para que a estatal brasileira retome as operações da Rlam. De acordo com a FUP, essas negociações teriam precipitado as demissões.

“Tudo indica que depois desse anúncio, a Acelen está reduzindo o número de efetivo”, disse Deyvid. Ele alertou que os cortes afetam a manutenção das unidades e a segurança das atividades. Além disso, a FUP vem recebendo denúncias de redução de contratos de manutenção e demissões no Terminal Madre de Deus, principal ponto de escoamento da produção da Refinaria de Mataripe, também sob controle da Acelen.

Fonte: RBA


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