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Operação Marcola: GAECO desarticula esquema criminoso de Ex-Diretores do Brasil de Pelotas
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) iniciou nesta quarta-feira, 10 de julho, a "Operação Marcola" em busca de provas sobre uma associação criminosa formada por ex-dirigentes do Grêmio Esportivo Brasil (GEB) de Pelotas. A investigação visa apurar os possíveis desvios de recursos do clube, e cumpre 10 mandados de busca e apreensão em Pelotas e em Contagem, Minas Gerais.
A decisão judicial, emitida a pedido do MPRS, ordenou o bloqueio de valores e a indisponibilidade de bens dos investigados, além do levantamento do sigilo bancário dos suspeitos. A operação é fruto de um procedimento investigatório criminal iniciado no ano passado, após a atual gestão do clube procurar o 10º Núcleo Regional do GAECO — Região Sul — e a Promotoria de Justiça Especializada de Pelotas. Cerca de 80 agentes do MPRS, do GAECO do Ministério Público de Minas Gerais e do 5º Batalhão de Choque da Brigada Militar participam da ação.
As buscas ocorrem no estádio Bento Freitas, em empresas, escritórios de contabilidade e nas residências de três investigados. O objetivo é apreender documentos como contratos, pagamentos e notas fiscais, além de anotações diversas, dinheiro, celulares, notebooks e mídias digitais que possam registrar irregularidades ocorridas entre o final de 2021 e junho de 2023. O MPRS busca apurar o valor exato do prejuízo causado ao clube.
De acordo com a investigação, houve apropriação de verbas enviadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por uma empresa patrocinadora do Brasil e por recursos provenientes dos sócios do clube. Dois dos suspeitos faziam parte da antiga administração e um terceiro é presidente de uma associação privada. A ordem judicial cumprida em Minas Gerais refere-se a um dos suspeitos que atualmente reside nesse estado. O mandado no estádio Bento Freitas busca verificar se ainda há contratos remanescentes da antiga gestão, uma vez que a atual administração denunciou os delitos.
Os promotores de Justiça Rogério Meirelles Caldas e José Alexandre Zachia Alan são responsáveis pela investigação e operação. Caldas destacou que "os recursos foram recebidos pelos investigados para custeio de suas atividades, em prejuízo ao clube e ao condomínio de credores na Justiça do Trabalho. Com essa operação, buscamos mais provas para confirmar os fatos apurados. O bloqueio de bens visa reparar futuramente os prejuízos causados ao Brasil de Pelotas." Zachia Alan acrescentou que a operação visa "garantir a lisura na gestão do patrimônio das agremiações esportivas e promover uma cultura de honestidade no futebol."
Fonte e foto: Divulgação
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