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Operação do MPRS contra servidor da Prefeitura de Pelotas deve levar à instauração de nova CPI
Uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), chamou a atenção da comunidade pelotense na última quinta-feira (21), com a realização de um mandado de busca e apreensão na casa de um ex-servidor da Secretaria de Assistência Social (SAS) da Prefeitura de Pelotas.
Em entrevista ao programa Contraponto – da RádioCom 104.5 FM, nesta segunda-feira (25), o vereador Cauê Fuhro Souto (PV) explicou no que consiste o requerimento apresentado à Câmara de Vereadores com o objetivo de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis desvios de verbas na SAS.
“Como nós temos denúncias de envolvimento de outros diretores, a gente quer pegar uma lupa e ir à fundo neste caso, especificamente sobre os benefícios da LOAS. A gente faz esta proposta demonstrando para a Câmara de Vereadores a importância de convocar este diretor. Queremos escutá-lo para saber quem é que participava deste esquema e para onde foi este dinheiro. Nós temos denúncias de que alguns beneficiários deveriam ter cartão de crédito, mas nunca estiveram em posse dos mesmos. Precisamos saber há quanto tempo estes cartões estavam sendo usados e com qual finalidade”, afirma o parlamentar ao questionar para onde teria ido o dinheiro referente ao Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS).
Ainda de acordo com as informações apresentadas pelo vereador pelotense ao programa Contraponto, o ex-funcionário da SAS, que sofreu mandado de busca e apreensão, era ocupante de cargo de chefia na referida pasta, o que torna ainda mais grave a denúncia. O parlamentar fez questão de ressaltar que este suposto desvio de recursos públicos atinge, especialmente, as pessoas em situação de vulnerabilidade social, o que evidencia a urgência de esclarecer tais fatos. Cauê também afirmou que, ao ser questionada sobre a suspeita deste esquema de corrupção, a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) teria afirmado “não ter compromisso com o erro”, mas, segundo o parlamentar, na prática, a sua atuação, teria sido de “blindar a Secretaria”.
“A Prefeitura bateu em mim, politicamente, com muito sarcasmo inclusive. Disse que já havia tomado as medidas necessárias. Afastou o diretor e blindou a Secretaria. O secretário invadiu a Câmara de Vereadores, logo depois de eu vir aqui (em referência aos estúdios da RádioCom), para me agredir e afrontar. Mas, ao fazer isso, ele afrontou o Parlamento, tanto que consegui uma nota de repúdio à sua atitude, na época, com todas as 21 assinaturas, inclusive dos vereadores da base do governo”, afirma o parlamentar em referência ao comportamento do secretário da SAS, Tiago Bündchen, que, mesmo após o incidente, segue ocupando o cargo.
CPI da Saúde
A Prefeitura de Pelotas já é alvo de uma outra CPI que investiga supostos desvios de verba pública do Pronto Socorro de Pelotas. Os trabalhos desta Comissão tiveram início, oficialmente, no dia 14 de março, tendo a presidência do vereador Rafael Amaral (PP) e a relatoria do vereador Jurandir Silva (PSOL).
Assista a entrevista completa aqui.
Redação: Eduardo Menezes / SEEBPel , especial para a RádioCom Pelotas
*Publicação em parceria com Sindicato dos Bancários de Pelotas
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