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Nação Produtora promove seminário para longa-metragem "Vó África"

Nação Produtora promove seminário para longa-metragem

As filmagens serão realizadas na Casa Oca, em Pelotas, com um elenco de grandes nomes do cinema nacional.

A Nação Produtora realizou no último sábado (25) o seminário de apresentação do filme "Vó África: Em busca dos velhos trilhos". O evento ocorreu no Sindicato da Alimentação de Pelotas (STICAP) e reuniu elenco, equipe técnica, apoiadores e autoridades, incluindo a vice-prefeita de Pelotas, Dani Brizolara, a pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade da UFPel, Claudia Daiane Molet, e a coordenadora do Núcleo de Ações Afirmativas da Universidade (NUGEN), Janaize Neves.

Seminário marca início dos trabalhos

O evento contou com apresentações do grupo Oju Obá, momentos de interação e um almoço colaborativo. Segundo a produtora executiva Gabriela Barenho, o encontro foi fundamental para alinhar expectativas artísticas, apresentar o cronograma e formalizar contratos: “É um evento que marca a abertura do trabalho e nossa chegada a Pelotas, onde permaneceremos até agosto”.

Além disso, o seminário apresentou a equipe de produção, que reúne profissionais de Porto Alegre e Pelotas. As gravações estão previstas para ocorrer entre julho e agosto deste ano.


Produção e ambientação

O longa, produzido pela Nação Produtora em parceria com a Antro de Criação, foi contemplado em primeiro lugar nos editais da Lei Paulo Gustavo, da Secretaria de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul.

O diretor e roteirista Nando Ramoz, reconhecido por narrativas que abordam a experiência negra, explica que "Vó África" surge da necessidade de retratar a ditadura sob a perspectiva daqueles que mais sofreram com a repressão: “A história acompanha uma senhora que sempre morou em um porão e nunca saía à rua. Ela era analfabeta e simboliza a história dos negros, que, durante a ditadura e a escravidão, viveram em condições sub-humanas. Fiz uma conexão com a história das Charqueadas de Pelotas”, detalha.


Filmagens na Casa Oca

A principal locação do filme será o Centro de Vivências Culturais Rendez-Vous, conhecido como Casa Oca, localizado na Rua Dona Mariana, nº 01, no Porto de Pelotas. O espaço, cedido pela Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade e pelo NUGEN, passará por adaptações para compor a ambientação do longa.

Além de servir como cenário para diversas cenas, a Casa Oca receberá atividades culturais durante a estadia da equipe, promovendo a movimentação cultural na região do Porto. O espaço também abrigará a construção de um protótipo de bonde, elemento central na trama do filme.

Pelotas como cenário

A escolha de Pelotas como sede das gravações se deu pela arquitetura preservada, pelas regiões tranquilas e pelo envolvimento da comunidade negra local. O projeto conta com parcerias da UFPel, da Prefeitura Municipal e do Comitê de Desenvolvimento do Loteamento Dunas (CDD), que buscam valorizar os talentos locais. “Além de contratar dezenas de atores e atrizes da cidade, conseguimos investir na realização do filme, mantendo os recursos na região”, afirma Nando Ramoz.

A jovem atriz pelotense Evelyn Caipu, de 14 anos, integrante da Cia Cem Caras de Teatro do IFSul, fará sua estreia no cinema interpretando uma das filhas da protagonista. “Não tenho palavras para descrever o que sinto, apenas gratidão. Sou negra, descendente de negros, e fazer parte desse elenco que conta a minha história é muito significativo”, compartilha.

A vice-prefeita Dani Brizolara, que também se apresentou com o grupo Oju Obá: Cantos Sagrados e Populares, reforçou o apoio da Prefeitura ao projeto: “Produções como essa movimentam toda a cadeia produtiva da cidade. Dentro das possibilidades, a Prefeitura estará presente para apoiar essa iniciativa”.

Sinopse

"Vó África: Em busca dos velhos trilhos" é um drama ambientado entre o final dos anos 1960 e o início da década de 1970. A trama acompanha a trajetória de África, uma menina libertada da escravidão que, ao longo do século XX, tornou-se mãe e avó de muitos na comunidade escolar onde vivia. Sem registro ou documentos, África viveu uma vida marcada pelo apagamento e pelo progresso que não a incluía.

A história é narrada a partir da perspectiva da professora Margarida, que faz parte de mais uma família Silva e conduz a trama de forma a emocionar e provocar reflexões. O filme tem classificação indicativa de 12 anos.


Serviço

Filme: "Vó África: Em busca dos velhos trilhos"

Produção: Nação Produtora e Antro de Criação

Gravações: Julho e agosto de 2024

Locação principal: Casa Oca, Pelotas

Classificação indicativa: 12 anos



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