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Mulheres Negras de Pelotas se organizam para a 2ª Marcha Nacional em Brasília e fortalecem mobilização
Nesta segunda-feira (20), mulheres negras de Pelotas realizam um encontro aberto para organizar a delegação local que participará da 2ª Marcha Nacional de Mulheres Negras, marcada para o dia 25 de novembro em Brasília. A reunião acontece das 16h às 18h, no Clube Cultural Chove Não Molha, localizado na Rua Benjamin Constant, 2118.
Mobilização e Preparativos para a Marcha
O evento tem como objetivo discutir o retorno das atividades do grupo e iniciar os preparativos para a viagem até a capital federal. Inspiradas pela Ética do Bem Viver e pela luta por Reparação Histórica, as organizadoras destacam a importância da participação coletiva e horizontal na construção da delegação de Pelotas.
"Essa será a segunda marcha nacional de mulheres negras. A primeira foi há uma década, em novembro de 2015, e agora estamos retomando. Trata-se de um movimento nacional, organizado em todos os estados da federação", explica Eva Santos, educadora popular, militante do movimento de mulheres negras e coordenadora do Grupo Autônomo de Mulheres de Pelotas (Gamp).
Histórico da Marcha Nacional de Mulheres Negras
A Marcha Nacional de Mulheres Negras se consolidou como um dos mais importantes eventos de mobilização política e social do país, reunindo milhares de mulheres de diversas regiões para denunciar o racismo, o machismo e a desigualdade social. Em sua segunda edição, o evento segue com o compromisso de fortalecer a articulação política das mulheres negras no Brasil.
Segundo Eva, a organização da delegação pelotense já iniciou no ano passado e resultou em participação em encontros estaduais. "Em Porto Alegre, participamos dos debates e fomos definidas para integrar a delegação regional do Sul, que terá um encontro em Florianópolis. Essa mobilização acontece de maneira horizontal e coletiva, garantindo representação e fortalecimento da luta das mulheres negras", destaca.
Eixos Centrais da Marcha: Bem Viver e Reparação Histórica
Os principais eixos da marcha são o Bem Viver e a Reparação Histórica.
"O Bem Viver propõe uma organização social que prioriza a cooperação, a solidariedade e o fortalecimento comunitário. Já a Reparação Histórica busca enfrentar as desigualdades estruturais e os impactos do racismo, garantindo políticas que promovam justiça social", explica Eva Santos.
Ela ainda ressalta que a marcha não se limita a um ato simbólico, mas a um processo contínuo de luta e reivindicação. "Queremos garantir que as mulheres negras tenham voz e influência nas decisões políticas, construindo caminhos para que possamos ocupar mais espaços e transformar as estruturas que nos oprimem", afirma.
A importância da mobilização local
De acordo com Eva, o processo de organização da marcha passa pela construção coletiva e autônoma, valorizando o protagonismo das mulheres negras em diversas áreas, como movimentos sociais, universidades e sindicatos.
"Não queremos apenas garantir nossa presença na marcha, mas construir um processo de debates e articulações locais, para que a nossa luta tenha continuidade e impactos concretos nas políticas públicas", reforça a ativista.
O convite para a reunião é aberto a todas as mulheres negras de Pelotas interessadas em contribuir com a organização e participar da marcha. Para aquelas que não puderem comparecer, as organizadoras disponibilizam contato pelo Instagram para mais informações.
Serviço
O quê: Encontro preparatório para a 2ª Marcha Nacional de Mulheres Negras
Quando: Hoje, 20 de janeiro de 2025, das 16h às 18h
Onde: Clube Cultural Chove Não Molha, Rua Benjamin Constant, 2118, Pelotas
Público-alvo: Mulheres negras interessadas em participar da mobilização e da marcha
Contato: Instagram para informações adicionais: @gampfeminista, @evagmsantos e @las3tramas
*Confira a entrevista completa no canal da RádioCom Pelotas no YouTube.
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