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Movimentos organizam ato em Pelotas pelo fim da escala 6x1
Por todo o país, movimentos se organizam para ir às ruas no próxima sexta-feira (15), feriado de Proclamação da República, em atos de defesa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da jornada 6×1 com a diminuição da jornada de trabalho e sem redução salarial. Em Pelotas, lideranças políticas, sociais e sindicais devem se reunir ao fim da tarde desta quarta-feira (13) para “debater estratégias, propor ações e definir caminhos para pressionar pela mudança” afirma nota divulgada pelo PCB e PCdoB de Pelotas, além do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro.
A organização do movimento em Pelotas se deu em razão da avaliação da força dos atos confirmados por todo o país, afirma Danielle Lopa, integrante do Partido Comunista Brasileiro de Pelotas e do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro. “A gente entendeu que seria de suma importância termos aqui também”, conta ao explicar sobre a chamada para a reunião de hoje.
Segundo Danielle, outro fator que levou a convocação do ato é que, a partir do próximo ano, a cidade terá um governo de esquerda, liderado por Fernando Marroni (PT) e Daniela Brizolara (PSol), mesma sigla da deputada federal Érika Hilton, proponente da PEC. A mudança de lado político coloca em cheque a necessidade do Partido dos Trabalhadores aderir à proposta e se juntar àqueles que historicamente se colocam como defensores das pautas trabalhistas.
O educador popular e professor Leonardo de Andrade conta que a reunião de hoje é “para organizar o ato de sexta, definindo caminhada, local e horário”. Ele complementa e faz o convite para que mais movimentos participem da reunião e, no dia 15, estejam presentes na manifestação. “Deixamos aberto para todos os movimentos do campo progressista e que lutam pela causa trabalhadora se juntarem à construção da manifestação. Precisamos, diante da reação do congresso, juntar o máximo de união e unidade na diversidade para ter força”.
Chamada para o ato
A nota divulgada pelos dois partidos (PCB e PCdoB) junto ao Ana Montenegro destaca a importância da participação na reunião e defende a necessidade de organizar a correlação de forças para que todos sejam ouvidos - e transformem-se em uma voz ainda mais forte. “Esta reunião é uma oportunidade para que todas as vozes sejam ouvidas e para que possamos, em conjunto, organizar e fortalecer nossa luta por condições de trabalho mais humanas e uma jornada justa”.
A pauta defendida pelo ato pede o fim da escala 6×1 - a qual trabalhadores são submetidos a uma rotina desgastante - além da redução da jornada para 30 horas semanais, para permitir mais qualidade de vida e dignidade para os trabalhadores.
A reunião será em formato online, a partir das 19h. O link para participar está disponível nas redes sociais do @PCBPelotas. A instrução é que os interessados entrem em contato com o perfil e solicitem o link de acesso à reunião.
A PEC
A PEC que pede o fim da escala 6x1 é de autoria da deputada Erika Hilton, do PSol/SP, em conjunto com o vereador eleito do Rio de Janeiro Rick Azevedo, criador do movimento Vida Além do Trabalho (VAT). O texto da PEC propõe o fim da escala em que o trabalhador trabalha seis dias da semana e folga apenas um. O novo modelo sugere um formato mais digno, de 4x3 (quatro dias de trabalho e três dias de folga), ocasionando na redução da jornada de trabalho, que passaria a ser de 36 horas semanais, sem alteração salarial.
Uma das justificativas do texto é que o formato atual tem gerado sérios danos à saúde tanto física quando mental, problema já revelado em diversas pesquisas. Segundo Rick, o novo formato, além de melhorar a qualidade de vida do empregado, ainda deve estimular um aumento do consumo, uma vez que o mercado de trabalho do país terá um aumento no número de pessoas e, consequentemente, do consumo.
Redação: Ridley Madrid
Imagem: Davi Pinheiro/Divulgação
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