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Moradores bloqueiam a Rua Domingos de Almeida em protesto por auxílio reconstrução
Três meses após as enchentes, moradores ainda não receberam o auxílio reconstrução prometido pelo governo. Buscando por visibilidade e urgência na resolução do problema eles fecharam a Rua Domingos de Almeida e queimaram pneus com a intenção de chamar a atenção do poder público.
Nesta segunda-feira (12), moradores realizaram um protesto na rua Domingos de Almeida sentido centro bairro e em frente à emissora RBS para reivindicar a liberação do auxílio reconstrução prometido após as enchentes que atingiram a região há três meses. A manifestação buscou atrair a atenção das autoridades locais e federais, além de sensibilizar a opinião pública sobre a situação crítica enfrentada pelas famílias atingidas.
“Queremos uma resposta das nossas autoridades sobre o que está acontecendo, quanto tempo mais temos que esperar”, disse Cristiane Cruz, uma das organizadoras do protesto. Ela ainda afirma que pessoas deficientes que foram forçadas a deixar suas casas por 45 dias, crianças com autismo e outros moradores que perderam tudo e que eles não sabem mais a quem recorrer.
O grupo também destacou que muitos moradores já procuraram ajuda em diversas instâncias, tanto municipais quanto estaduais, mas sem sucesso. “Já fomos a mais de cinco ou seis lugares diferentes para tentar resgatar o auxílio, mas nada foi atendido,” relatou Alexandre de Lima.
A manifestação, que incluiu o bloqueio de ruas e a queima de pneus, foi uma tentativa de pressionar as autoridades para que cumpram as promessas feitas durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Rio Grande do Sul.
Além de questionar sobre as promessas do presidente, os moradores cobraram respostas da prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, e do governador do estado, Eduardo Leite. Segundo os manifestantes, as promessas feitas durante e após as enchentes ainda não foram concretizadas, deixando muitas famílias em situação de vulnerabilidade.
“As pessoas perderam tudo e tiveram que deixar suas casas por mais de 30 dias. Até agora, nada foi feito para nos ajudar, nós vamos saber o quê o poder público tem a dizer sobre isso” Alexandre de Lima.
Além do movimento físico dos manifestantes, as redes sociais também se tornaram palco de apoio. Eliane Martins comentou em uma publicação: “Tem mesmo que protestar, políticos prometem, prometem e não fazem absolutamente nada! Essas pessoas que estão protestando são pessoas que precisam e são trabalhadores!”
Algumas pessoas ainda demonstram indignação com o ato, mesmo que ele não tenha prejudicado a população geral. No entanto, os manifestantes apenas usaram o protesto como uma tentativa de ajustar o foco do poder público, forçando-o a enxergar a realidade que tem sido ignorada.
Sobre isso, Victória De Araújo defende os manifestantes: “Isso aí mesmo pessoal tem que chamar a atenção mesmo. Vcs não estão fazendo nada de mais a não ser lutar pelo oq precisam. Gente que não precisava Receber o auxílio reconstrução RECEBERAM . Quanta hipocrisia hein?..”
Na publicação sobre a manifestação a usuária @LucianaAlmeida afirma sobre as pessoas que comentaram contra a manifestação “Nossa que povo sem empatia, garanto que vcs que estao criticando vcs estão com tudo nos devidos lugares dentro de suas casas, não passam pelo que essas pessoas passaram perdendo tudo, tendo que ficar 45 dias fora de suas casas, e ainda retornarem para suas casas sem nada ..e com certeza todos os que estavam ali são trabalhadores tb que trabalharam o dia todo e saíram do serviços para reivindicar os seus direitos ..empatia zero e com certeza já foi feito protesto na frente da prefeita..e com certeza eles estavam protestando no local onde eles passaram pela enchente ..com certeza quem está criticando não consegue se colocar no lugar do próximo..”
Os moradores continuarão a lutar por seus direitos até que sejam ouvidos e atendidos. A expectativa é que, com a visibilidade gerada pelo ato, as autoridades finalmente tomem providências para liberar os auxílios necessários à reconstrução das vidas e das casas das famílias atingidas.
Redação: Luísa Brito
Imagens: Cristiane Cruz
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