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Lula viaja para a África para reforçar relações comerciais e combate global à fome

Lula viaja para a África para reforçar relações comerciais e combate global à fome

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou na terça (13) para a África, em sua segunda viagem oficial, neste mandato, ao continente. Ele terá compromissos no Egito (amanhã e quinta-feira) e na Etiópia (sexta e sábado). Em Adis Abeba, capital etíope, Lula participa da 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana.

O governo brasileiro quer ampliar as relações comerciais com os países da região. Além disso, Lula pretende discutir medidas globais de combate à fome e à desigualdade.

Ação estratégica

Segundo o Planalto, ampliar relações com o Egito é uma “ação estratégica” da diplomacia brasileira. O Itamaraty lembra que se trata de “um dos maiores e mais influentes países não apenas do continente africano como entre as nações árabes”. O diálogo se ampliou nos últimos meses, devido às negociações para retirada de brasileiros da Faixa de Gaza. Eles puderam sair da área de conflito Palestina-Israel passando por território egípcio, na passagem de Rafah.

“O Egito é um ator importante na região. Esse diálogo se deu nos mais diversos níveis para conseguir a repatriação dos brasileiros. Essa circunstância tornou a relação ainda mais importante”, afirma o embaixador Carlos Duarte, secretário de África e Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores. Ele também lembra que o país é um dos principais parceiros comerciais do Brasil na África. “É um comércio forte e diversificado, especialmente nos produtos agrícolas”, observa. Além da expectativa de incremento da exportação de carne bovina, o Brasil vai discutir com o Egito a abertura de uma rota aérea entre os dois países.

Política externa

Já a participação de Lula como convidado para a cúpula da União Africana é vista como embaixador como sinal de prestígio. Normalmente apenas líderes do continente participam do encontro. “É um reconhecimento da prioridade que o presidente vem dando à África em sua política externa.”

O diplomata também ressalta a “convergência” com as nações africanas nas três prioridades da presidência brasileira no G20: combate à desigualdade e à fome, sustentabilidade e transição energética. Além disso, os países têm em comum a defesa da reforma dos organismos internacionais. O objetivo é permitir maior participação dos países em desenvolvimento nas decisões globais.

Fonte: RBA


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