Incerteza no Instituto de Menores
Lula afirma que vai mudar política de preços da Petrobras
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (3) que pretende acabar com a atual política de preço dos combustíveis praticada pela Petrobras, vinculados ao mercado externo e ao dólar, caso vença as eleições deste ano. A prática, adotada por Michel Temer após o golpe de 2016, levou ao aumento recorde nos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha no governo de Jair Bolsonaro. Apenas em 2021, a gasolina subiu quase 50%.
“Nós não vamos manter o preço da gasolina dolarizado”, postou Lula em suas redes sociais. O ex-presidente afirmou não ser justo com o país, e que o governo tem mecanismos para não impactar os mais pobres pela alta dos combustíveis.
Em vez disso, o que o atual governo faz é privilegiar a distribuição dos lucros da estatal entre uma pequena parcela da população. “É importante que o acionista receba seus dividendos quando a Petrobras der lucro, mas eu não posso enriquecer o acionista e empobrecer a dona de casa que vai comprar um quilo de feijão e paga mais caro por causa da gasolina.”
Lula lidera todas as pesquisas de intenções de votos para o pleito de outubro. Bolsonaro segue em segundo lugar, com seu governo envolto em inflação, denúncias de diferentes crimes e crise econômica; além da gestão desastrosa durante a pandemia de covid-19, que levou o Brasil a ser o país com mais mortos em 2021 e o segundo desde o início da pandemia, em março de 2020.
Destruir patrimônio
Mais cedo, em uma entrevista para a RDR (rede de rádio do Paraná), Lula também falou sobre a gestão de preços dos combustíveis pela Petrobras. “É importante que a gente saiba que a Petrobras tem que cuidar do povo brasileiro (…) Quase 40% da inflação hoje é por preços controlados pelo governo. É o governo que controla (o preço da) energia, que controla (os preços do) petróleo, gás, óleo diesel. Se o governo tiver coragem, ele pode reduzir um pouco. Mas ele não tem coragem. O que ele quer fazer é vender (as estatais), porque ele não sabe criar. Então vende. Isso não é governar, é destruir o patrimônio”, disse.
Por Redação RBA
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