Incerteza no Instituto de Menores
Lembrança de realizações e contraste com Bolsonaro fazem Lula liderar pesquisas, diz cientista político
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue liderando todas as pesquisas eleitorais e, em alguns levantamentos, com possibilidade de vencer ainda no primeiro turno. De acordo com o cientista político Cláudio Gonçalves Couto, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o petista tem ampla preferência do eleitor, porque é lembrado pelos avanços de sua gestão, além de representar um antagonismo ao atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).
“A avaliação positiva que havia durante o governo Lula é lembrada pelas pessoas. Além disso, há um contraste ao Bolsonaro, que se elegeu como um antipetista. Agora, o atual presidente influencia de maneira reversa. Isso ajuda a entender esse favoritismo de Lula”, afirmou o especialista, em entrevista ao jornalista Rodrigo Gomes, da Rádio Brasil Atual, nesta quinta-feira (10).
De acordo com a pesquisa Genial/Quaest, divulgada nessa quarta-feira (9), Lula tem 45% das intenções de voto, sendo maior do que a soma de todos os adversários, que possuem 42% ao todo. Por outro lado, o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), se manteve estável e aparece em segundo lugar, com 23%. Além disso, o petista vence todos os outros candidatos no segundo turno, no levantamento.
Fragilidade de Bolsonaro
Enquanto o ex-presidente Lula se mantém forte no topo das pesquisas, a estabilidade de Bolsonaro possui efeito negativo. A pesquisa da Genial/Quaest, aponta que 51% não aprovam a atual gestão, enquanto 25% dizem ser regular. Já 22%, o núcleo duro bolsonarista, consideram positivo o trabalho do atual mandatário da República. A maior parte da reprovação vem do Nordeste (61%), jovens de 16 a 24 anos (56%), mulheres (54%) e trabalhadores com até dois salários mínimos (57%).
O cientista político explica que o Nordeste é um foco de rejeição ao governo Bolsonaro. Ele lembra que um episódio recente explica essa antipatia nordestina com o atual presidente, que tirou férias em Santa Catarina, enquanto cidades da Bahia sofriam com enchentes e efeitos de fortes chuvas.
“Desde as eleições, onde ele perdeu na região. Ele também teve muito descaso com a população nordestina, demorando cinco meses para visitar o local. Além disso, vive ofendendo nordestinos, usando linguagens pejorativas. É um conjunto de fatores que aumenta a impopularidade de Bolsonaro”, afirma Couto.
Por Redação RBA
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