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Incerteza no Instituto de Menores

Incerteza no Instituto de Menores

Cerca de 175 alunos do ensino fundamental (1º ao 5º ano) poderão ser deslocados do Instituto de Menores Dom Antônio Zattera (IMDAZ), onde estudam em 2024, para alguma escola da rede municipal de ensino. O risco de fechamento da escola motivou um protesto por parte de mães de alunos na frente da instituição – Avenida Domingos de Almeida, 3150 – na última segunda (25.11). Para falar dessa situação, que produz incertezas, a diretora do INDAZ, Patrícia Dutra Frank, participou nesta quarta (27.11) do programa Edição da Manhã da RádioCom.

 Patrícia lembrou que até 2023, a instituição de ensino do Instituto de Menores atendeu como escola de turno inverso. Neste ano se transformou em escola de ensino fundamental, atendendo alunos do 1º ao 4º ano em turno integral, com grade que vai desde 7h30 até às 17h. A intenção é que em 2025 houvesse a extensão até o 5º ano. O custo das atividades da escola em 2024 foi assegurado com apoio da comunidade, especialmente do Bairro Areal, de empresas parceiras e resíduo de emenda parlamentar a qual beneficiou a instituição em 2023.

 Só que essa rede de apoio não será mantida no próximo ano – inclusive, porque a principal parceira (empresa) já anunciou que não manterá contribuição à escola. Em função disso houve a tentativa de parceria com a prefeitura para que a escola acessasse a verba do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação). Só que essa parceria foi descartada pela administração municipal.

 “Infelizmente a parceria com a prefeitura foi descartada, porque, conforme nos foi colocado, haveria vagas na rede pública – não propriamente no Areal, mas em outras escolas do município. Quando tem vagas na rede, o município não poderá arcar com a compra de vagas privadas. Achamos que essa resposta não é justa. Imagina tem mães que chegam a ter seis filhos na instituição e tirando eles daqui vai ficar uma criança em cada escola”, argumentou Patrícia.

 Patrícia Frank disse que a instituição trabalha ainda com algumas alternativas para manter o ensino fundamental no começo do ano letivo de 2025. A expectativa é de parceria com outras empresas; manutenção e ampliação do apoio da comunidade; “e que possamos sensibilizar algum vereador ou deputado para que destine emenda parlamentar para nossa escola”. A diretora do IMDAZ revelou também sua expectativa positiva em relação ao governo de Fernando Marroni (PT) a partir de 1º de janeiro. “Nossa escola é de tempo integral, como é a proposta do governo federal”, lembrou.

 Assista a entrevista na íntegra no canal da RádioCom Pelotas no You Tube @radiocompelotas 

RádioCom/ por Caldenei Gomes

Imagem: UCPEL 


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