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Governo chileno vai assumir busca por 1.162 vítimas desaparecidas da ditadura

Governo chileno vai assumir busca por 1.162 vítimas desaparecidas da ditadura

Pouco após um homem roubado na maternidade ter encontrado a mãe biológica pela primeira vez, aos 42 anos, e a Justiça condenar sete militares aposentados pelo sequestro e assassinato do cantor Victor Jara, em 1973, o governo chileno anunciou que vai assumir a busca pelos 1.162 presos durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) que seguem desaparecidos até hoje.

Durante o anúncio, o ministro da Justiça, Luis Cordero, disse que o Estado chileno mostrou “alto grau de indolência” e não fez tudo que deveria para descobrir onde estão as vítimas. “Há pessoas que têm informação sobre o que ocorreu e não divulgam”, afirmou o ministro. “Está na hora de darem esse passo e contribuírem para sanar as feridas que seguem abertas”.

No dia 11 de setembro, o golpe militar que derrubou o presidente Salvador Allende e instalou a ditadura completa 50 anos. Desde então, a busca pelos desaparecidos ficou basicamente a cargo das famílias e foram encontrados os restos mortais de apenas 307 pessoas, de um total de 1.469 vítimas de desaparição forçada.

“Este número deve doer e fazer nosso sangue queimar, porque dá conta da magnitude da dívida que temos, como Estado e como sociedade”, disse o presidente Gabriel Boric ao lançar na última quarta-feira (30) o Plano Nacional de Busca da Verdade e da Justiça. “A Justiça demorou muito”, disse, emocionado.

Com financiamento estatal, o objetivo é reconstituir a trajetória das vítimas após a sua prisão, garantir acesso à informação dos familiares, que participarão da elaboração do plano, e implementar medidas de reparação.


Fonte: Brasil de Fato


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