Áudios obtidos pela PF mostram militares dispostos a uma ‘guerra civil’ para manter Bolsonaro no poder
Folha revela documentos com alertas da Abin; Pastas negam ter recebido mensagens
Matéria da Folha de São Paulo desta sexta-feira, 28, revela algumas mensagens contidas em documentos obtidos pelo veículo de comunicação. Trata-se de alertas a Gonçalves Dias (Gabinete de Segurança Institucional) e a outras pastas sobre a possibilidade de ações violentas e invasão a prédios públicos nos atos golpistas de 8 de janeiro.
Segundo a matéria, trata-se de documentos enviados pela Abin à CCAI (Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência) do Congresso Nacional no dia 20 de janeiro. Os informes são mantidos em sigilo.
O texto afirma que 13 órgãos receberam os comunicados, incluindo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. “No Ministério da Justiça, de acordo com os documentos da Abin, quem recebeu informes ao menos desde o dia 2 de janeiro foi a Diretoria de Inteligência. A partir do dia 6, a PF e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) também começaram a ser atualizadas, daí já com menção à possibilidade de violência nos atos. No caso do GSI, a Abin aponta que o próprio Gonçalves Dias recebeu em seu celular ao menos três alertas desde o dia 6”, destaca a Folha.
O GSI e a Justiça negaram ter recebido os comunicados, e a defesa de Gonçalves Dias disse que não iria se manifestar.
O próprio Presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a falta de informações da inteligência: “Nós temos inteligência do GSI, da Abin, do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, ou seja, a verdade é que nenhuma dessas inteligências serviu para avisar ao presidente da República que poderia ter acontecido isso”, disse Lula em sua primeira entrevista após os ataques.
Algumas das mensagens foram publicadas pelo jornal. No dia 6 de janeiro, o informe era de que a adesão às manifestações permanecia baixa, mas ainda assim haveria risco de ações violentas. No dia 7, mensagens alertam para o aumento da chegada de golpistas em Brasília, além do aumento do fretamento de ônibus para o local. Já no dia 8 pela manhã, os avisos eram sobre a chegada dos manifestantes ao QG do Exército em Brasília e posteriormente sobre os deslocamento para o local dos ataques.
por RED
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