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Enchentes: Comunidade LGBT+ exige atenção
Enchentes: Comunidade LGBT+ exige atenção
As recentes enchentes que atingiram a região de Pelotas trouxeram à tona a precariedade na proteção e acolhimento de grupos vulneráveis, especialmente da comunidade LGBT+. Com uma infraestrutura desfavorável e intolerância presente, a comunidade trans é uma das mais afetadas, exigindo medidas urgentes e específicas para garantir sua segurança e dignidade de todos.
Sofia Prestes, conselheira do Conselho Municipal de Direitos da Cidadania LGBT de Pelotas e graduanda em Gestão Pública pela UFPel, tem trabalhado ativamente para que essa invisibilidade chegue ao fim. Este esforço foi destaque em uma entrevista no Programa Contraponto da RádioCom 104.5 FM, na última segunda-feira (20).
A invisibilidade da comunidade trans
A ausência de políticas sociais direcionadas à comunidade LGBT+ está diretamente ligada à escassa representatividade e participação nos espaços de decisão. Um exemplo concreto é a situação de Sofia Prestes, a única conselheira trans na bancada do Conselho LGBT+ de Pelotas, composto por 20 pessoas. Outro indício dessa invisibilidade é a falta de um abrigo específico para a comunidade LGBT+.
Comparativamente, observamos a existência de abrigos voltados para mulheres, crianças, idosos, e outros grupos, projetados para proporcionar segurança e conforto. Surge, então, a questão: por que a comunidade LGBT+ não recebe a mesma atenção? Esta indagação foi levantada por Sofia durante sua entrevista no programa Contraponto.
Quais políticas podem ser adotadas?
Sofia ressalta que é crucial a implementação de um canal de comunicação eficiente como meio de política pública. Este canal serviria para interligar os diversos órgãos oficiais, facilitando a coordenação e resposta rápida às necessidades específicas da comunidade. Com isso, poderíamos avançar na criação de uma rede de acolhimento inclusiva e eficaz, reduzindo a invisibilidade que a comunidade LGBT+ enfrenta atualmente. A situação de calamidade que vivemos revelou a urgência em desenvolver estruturas de acolhimento inclusivas que respeitem e protejam todos os cidadãos, independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual.
Redação: Luísa Brito
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