A diretoria da ADUFPel protocolou, na tarde de segunda-feira (01), junto à reitoria da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a notificação de deflagração da greve docente, que está prevista para iniciar no dia 15 de abril. O ofício ao Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) foi encaminhado por e-mail.

Em cumprimento a exigências legais, que impõem o prazo de até 72h antes do início do movimento paredista, o comunicado oficial da adesão da categoria foi entregue, com antecedência, à reitora Isabela Andrade pelo presidente da Seção Sindical, Carlos Rogério Mauch, e pelas diretoras Ana Oliveira, Elaine Neves, Regiana Wille e Valdelaine Mendes.

Na ocasião, Mauch reafirmou a legitimidade do movimento, bem como as reivindicações da categoria, que envolvem recomposição orçamentária e salarial e reestruturação da carreira.

Também presente na audiência, o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Paulo Ferreira Júnior, destacou quão defasado está o orçamento da Universidade e apresentou um resumo dos dados. “Nosso orçamento deste ano é de R$ 82 milhões de custeio. Se a gente pegar 2019 e aplicar a inflação e o IPCA, deveria ser em torno de R$ 98 milhões. São R$ 15 milhões a menos do que a inflação reposta em 2019”. A reitora ainda acrescentou que o recurso de capital para este ano é zero e afirmou ser muito triste falar sobre a realidade atual de descaso. 

Após a entrega do documento, Mauch explicou que se espera, a partir de agora, uma série de ações por parte da reitoria sobre o calendário acadêmico. “Considerando-se que ele recomece dia 15 de abril, estando a categoria docente em greve, há uma necessidade de paralisação desse calendário. Portanto, ele deverá ser suspenso, a partir de 15 de abril, até que sejam retomadas as atividades após o final da greve”.

A confirmação da greve ocorrerá na reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) do ANDES-SN, que acontecerá em 10 de abril.

A deflagração da greve foi aprovada em Assembleia Geral Permanente da ADUFPel, realizada no dia 27 de março, e faz parte de um movimento nacional construído pelo ANDES-SN, que tem como horizonte uma greve unificada no funcionalismo público federal neste ano.

Via: ADUFPel