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Dieese aponta queda de preços da cesta básica em 10 capitais brasileiras
Pesquisa do Dieese, divulgada nesta quinta (6), revelou informações importantes sobre os preços da cesta básica em diferentes capitais do país. Segundo o estudo, em junho, o valor da cesta básica diminuiu em 10 das 17 capitais pesquisadas. Em Porto Alegre, por exemplo, houve uma queda de -1,02%, resultando em R$ 773,56.
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A pesquisa também mostrou que, ao comparar os valores da cesta entre junho de 2022 e junho de 2023, 13 capitais apresentaram aumento de preço, com variações que oscilaram entre 0,63% em Fortaleza e 4,37% em Belém. Por outro lado, três cidades registraram queda: Brasília (-1,58%), Goiânia (-0,70%) e Vitória (-0,22%); enquanto em Curitiba houve uma relativa estabilidade (-0,01%).
No acumulado dos últimos 12 meses, a cesta básica teve uma variação de 2,57%. Entre os produtos que tiveram aumento de preço, destacam-se o tomate (17,15%), manteiga (15,19%), arroz (13,97%), pão (8,21%), batata (6,03%), açúcar (2,88%), farinha de trigo (0,99%) e feijão (0,37%). Por outro lado, cinco itens apresentaram redução nos preços: óleo de soja (-36,84%), café (-5,66%), leite (-5,09%), banana (-3,71%) e carne (-0,06%).
QUEDA DOS PRODUTOS
As quedas mais impressionantes foram registradas em Goiás, onde a cesta básica ficou 5,04% mais barata, seguida por Brasília com uma redução de 2,29% e Vitória com -2,08%. Por outro lado, algumas capitais enfrentaram altas, como Recife (5,79%), Natal (5,00%) e João Pessoa (4,12%).
Entre os 13 produtos pesquisados, a maioria teve seus preços reduzidos. A banana lidera a lista com uma queda de 6,95%, seguida pelo tomate com -6,78% e o óleo de soja com -3,23%. Até mesmo o feijão, a carne, o café, o arroz e a farinha de trigo ficaram mais baratos. No entanto, quatro itens tiveram aumento de preço: a batata subiu assustadores 28,46%, o açúcar teve alta de 2,65%, a manteiga ficou 1,52% mais cara e o pão registrou um pequeno aumento de 0,22%. Já o leite manteve-se estável, sem alterações nos preços.
CESTA BÁSICA X SALÁRIO MÍNIMO
A situação financeira das famílias brasileiras continua alarmante, de acordo com os dados divulgados pelo Dieese. No mês passado, estimou-se que o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.578,41. Isso representa quase cinco vezes o valor do salário mínimo vigente, que é de R$ 1.320. Em maio, esse valor necessário era ligeiramente mais alto, chegando a R$ 6.652,09, correspondendo a 5,04 vezes o piso mínimo.
A pesquisa revela uma realidade preocupante: em junho de 2023, quando comparamos o custo da cesta básica com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, constata-se que os trabalhadores remunerados pelo Piso Nacional comprometeram, em média, 55,63% de sua renda para adquirir os produtos alimentícios básicos. No mês anterior, esse percentual foi de 55,68%. Em junho de 2022, a situação era ainda mais crítica, com os trabalhadores(as) destinando 59,68% de sua renda líquida para suprir suas necessidades básicas.
Esses números refletem a dificuldade enfrentada pelas famílias em equilibrar seu orçamento diante dos altos custos dos alimentos essenciais. É evidente que medidas precisam ser tomadas para garantir uma melhoria nessa realidade, proporcionando condições dignas de vida para todos os trabalhadores(as). É fundamental que as questões relacionadas aos salários mínimos e ao custo de vida sejam abordadas de maneira séria e efetiva, a fim de proporcionar um futuro mais próspero para as famílias brasileiras.
Foto de capa: Tânia Rêgo/Agência Brasil
VIA: CPERS
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