Defesa de Braga Netto ressalta lealdade do general a Bolsonaro
Denúncias de assédio em abrigos de Pelotas requerem atenção
Um caso de importunação sexual levou à prisão, em flagrante, no último final de semana
Na última quarta-feira (8), a OAB Pelotas postou em suas redes sociais a informação de que estaria recebendo denúncias informais, sobre supostos casos de abusos contra mulheres e crianças em abrigos de Pelotas. As denúncias foram averiguadas pelo Conselho Tutelar, a pedido da Promotoria de Justiça, mas não houve confirmação dos casos.
Importunação sexual
Sábado (11), durante a reunião da Sala de Situação, o tenente-coronel Paulo Renato Scherdien relatou que foram registradas duas ocorrências em abrigos de município; uma em relação a um surto e outra de importunação sexual, sendo esta última atendida pelo 4º BPM. “A denúncia foi revertida em flagrante e prisão preventiva”, notificou o tenente-coronel da Brigada Militar. O fato motivou a utilização da patrulha em todos os abrigos, desde domingo (12), buscando o contato com os responsáveis por estes locais, com o objetivo de intensificar as ações das forças de segurança para coibir estes crimes.
Comdim
Em entrevista ao Programa Contraponto, da RádioCom 104.5 FM, a coordenadora do Conselho Municipal de Direitos da Mulher (Comdim), Regina Nogueira, ressaltou que, hoje, a maioria dos abrigos não são de responsabilidade do Estado e considera que este fator contribui para que existam problemas na condução de um processo de catástrofe socioambiental. “Aquele espaço, onde essas pessoas estão sendo abrigadas, momentaneamente, é a casa delas. Então, tudo que acontece na casa delas, vai acontecer, também, nestes espaços. A diferença é que aquilo que acontece na casa delas, agora, deveria ser de responsabilidade do Estado”, enfatizou a coordenadora do Comdim.
Na opinião de Eva Santos, vice-coordenadora do Comdim, é importante que se tenham protocolos para todos os abrigos, mas o cuidado em relação às mulheres deve levar em conta que, mesmo com abrigos específicos, é preciso que existam medidas que vão além da retirada delas de alguns destes locais. “Pensar protocolo de cuidado em relação às mulheres não é só separá-las, é também reforçar que todo e qualquer abrigo, público ou privado, deverá ter a corresponsabilização em casos de assédio, devendo estar sempre à disposição das autoridades para que seja visitado”, enfatizou.
Redação: Eduardo Menezes
Foto: Assessoria de Comunicação da Brigada Militar de Pelotas
0 comentários
Adicionar Comentário