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Crise no 190: Problemas na operadora deixam comunidade em alerta
A tradicional segurança oferecida pelo número 190, conhecido por todos desde a infância como o número da polícia, enfrenta uma crise na cidade de Pelotas, desde o período das enchentes em maio. A operadora responsável pelo serviço entrou em falência, e a transição para números de celulares tem gerado instabilidade nas ligações, deixando a comunidade de Pelotas preocupada.
O problema teve início quando a operadora do 190 foi adquirida por outra empresa, e desde então, a manutenção das fibras ópticas deixou de ser realizada de forma adequada. A Brigada Militar, responsável pelo serviço, comenta que enfrentou dificuldades, desde falhas nas antenas até problemas de cabeamento, que comprometeram a estabilidade das linhas.
Para tentar amenizar a situação, a brigada implementou um sistema provisório utilizando números de celulares comuns:
53 98416 5023
53 3229 2457
53 3229 1006
No entanto, esses números mostraram-se insuficientes para lidar com a alta demanda, especialmente durante os turnos mais movimentados
A indisponibilidade do 190, um número de utilidade pública essencial, é extremamente problemática. As dificuldades na divulgação ampla e satisfatória dos números alternativos agravam a situação. Muitos cidadãos desconhecem os novos números ou enfrentam problemas de conexão, como relatou o Capitão Medeiros: “Por vezes nós temos os operadores, por vezes um dos atendentes do 190 está em uma ligação com uma pessoa, quando liga para uma segunda, para um segundo atendente, a ligação desse primeiro acaba dando algum problema, acaba dando alguma interferência e sai do ar.”
Esse cenário de instabilidade é alarmante. Em turnos movimentados, a brigada pode receber entre 200 e 300 ligações, de acordo com Medeiros. Agora pense na sobrecarga que essa quantidade de ligações pode causar a uma linha telefônica comum. Obviamente a consequência disso são falhas no serviço. Além disso, Medeiros afirma que a falência da operadora afeta praticamente todo o estado, com poucos municípios conseguindo manter uma qualidade mínima de atendimento.
De acordo com fontes, os três números divulgados pela brigada apresentam instabilidade.
A brigada relata estar em contato com a operadora para resolver o problema e já prepara a inauguração de uma nova central de atendimento. Prevista para setembro, a nova sala de operações contará com um sistema integrado de resposta a emergências, incluindo outros órgãos de segurança.
Entretanto, a comunidade ainda enfrenta a incerteza quanto à estabilidade dos números provisórios. A divulgação desses números é feita através das redes sociais da brigada e canais de comunicação locais, mas a transição completa para um serviço estável depende da finalização da nova central.
A indisponibilidade do número 190 deixa a população desamparada em situações críticas, como crimes em andamento e emergências que demandam resposta rápida. Com a ausência de uma linha direta para a polícia, a sensação de insegurança aumenta. A demora no atendimento policial, mesmo com a existência de números alternativos, torna-se uma barreira adicional para a segurança da população.
A falha no número 190 fere diretamente os direitos fundamentais dos cidadãos. O direito à segurança, garantido pela Constituição, está sendo violado, deixando os moradores vulneráveis e desprotegidos. Situações que exigem intervenção policial imediata, como assaltos e agressões, colocam em risco a vida e a integridade física das pessoas. É inadmissível que a comunidade não possa contar com um serviço básico de emergência.
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