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Convênio é assinado para construção de 300 cisternas na região da Campanha (RS)
Pouco antes do Natal foi assinado o contrato entre o Instituto Cultural Padre Josimo (ICPJ) e o Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja) para construção de 300 cisternas nos municípios de Aceguá, Candiota, Herval, Hulha Negra, Pedras Altas, Piratini e Pinheiro Machado, no Rio Grande do Sul.
O recurso de R$ 2.294.721,80 foi viabilizado através de convênio do Consórcio com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e prevê que o objeto seja executado no prazo de 18 meses.
O contrato assinado prevê a implementação de tecnologias sociais de acesso a água para consumo humano e para a produção de alimentos e/ou dessedentação animal a famílias de baixa renda e residentes na zona rural, inscritas no Cadastro Único, viabilizando a construção de 280 cisternas de placas de 16 mil litros e 20 cisternas calçadão de 52 mil litros.
Além das estruturas para reserva de água, as famílias beneficiadas vão participar de programas educativos para tirar o melhor proveito da estrutura e também vão receber filtros de barro para tratamento da água destinada ao consumo humano.
Em Aceguá serão construídas 40 cisternas de placas de 16 mil litros; em Candiota serão construídas 40 cisternas de placas de 16 mil litros e cinco cisternas calçadão de 52 mil litros; em Herval serão construídas 40 cisternas de placa de 16 mil litros; em Hulha Negra serão construídas 40 cisternas de placas de 16 mil litros e 7 cisternas calçadão de 52 mil litros; em Pinheiro Machado serão construídas 40 cisternas de placas de 16 mil litros; em Piratini serão construídas 40 cisternas de placas de 16 mil litros; em Pedras Altas serão construídas 40 cisternas de placas de 16 mil litros e 8 cisternas calçadão de 52 mil litros.
Interesse regional
A reportagem do Brasil de Fato conversou com o prefeito de Pedras Altas, José Volnei da Silva Oliveira (PT), que assumiu a presidência do Cideja, e mostrou-se satisfeito com a assinatura do convênio e com a perspectiva de início imediato das obras.
“Nossa região tem sido castigada por períodos prolongados de estiagem de forma reincidente, o que coloca muitas famílias em condições difíceis para ter acesso a água tanto para o consumo próprio quanto para os animais”, explica o prefeito, colocando como prioridade absoluta as famílias que ainda não estão interligadas a redes de água nos assentamentos e demais territórios rurais dos municípios beneficiados.
“Queremos agradecer ao presidente Lula, ao ministro Wellington Dias e a equipe do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) por atenderem ao nosso apelo e viabilizar através do convênio com o nosso consórcio a construção destas 300 cisternas”, comentou Oliveira.
“Ainda há muito a ser feito, mas estamos preparados para buscar mais ações e programas que venham garantir qualidade de vida digna para toda a população da região”, concluiu o prefeito, que disse ainda aguardar para breve a confirmação de uma visita do ministro Wellington Dias à região.
Governo federal prioriza ações na região
“A implementação dessa política pública no Pampa Gaúcho mostra a necessidade de termos estratégias de adaptação às mudanças climáticas em todas as regiões do país, especialmente nas mais atingidas pelos fenômenos extremos, como as secas severas ocorridas no RS nos últimos anos”, afirma Lilian Rahal, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (Sesan/MDS).
Segundo ela, o papel do governo federal é trabalhar para fazer com que os recursos e as políticas públicas cheguem efetivamente a quem mais precisa, e esse projeto mostrou que isso é possível e viável. Rahal afirmou ainda ter convicção de que “estas 300 cisternas vão contribuir como medida estruturante, para garantir o acesso à água às famílias que vivem ali, afinal, este é um direito fundamental e nós estamos trabalhando para garanti-lo a todas as pessoas”.
Experiência e resultados
O Instituto Cultural Padre Josimo desenvolveu expertise na construção de cisternas e ações de educação vinculadas ao projeto nos últimos anos, adaptando procedimentos, técnicas e materiais conforme as necessidades específicas do território. Também executou a capacitação de equipe técnica para a execução, já tendo construído em programas anteriores 283 unidades no território.
Essa primeira fase do projeto, concluída em 2020, surgiu após o diretor do ICPJ, frei Sérgio Görgen, buscar exemplos no Nordeste do país da tecnologia social de acesso à água em razão da dificuldade das famílias com a estiagem. “O objetivo geral dessa tecnologia social é proporcionar o acesso à água de qualidade e em quantidade suficiente para o consumo humano às famílias de baixa renda e residentes na zona rural”, explicou.
Relatos positivos das famílias que já foram beneficiadas e já fizeram uso das cisternas nos últimos períodos de estiagem incentivaram as lideranças políticas e sociais da região a buscar essa nova ação.
Fonte: BdF
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