Na manhã desta quarta-feira, a vereadora Miriam Marroni (PT) concedeu entrevista ao Contraponto para fazer uma retrospectiva do governo municipal em 2023, penúltimo ano da atual gestão. A questão orçamentária foi central na discussão, com a vereadora apontando que já haviam sinais dos problemas que estão sendo enfrentados. O déficit orçamentário atinge o valor de R$280 milhões.

Em relação ao plano de recuperação fiscal apresentado pela prefeitura, Miriam destaca que a iniciativa é insuficiente, principalmente ao levar em consideração a dívida total em relação ao IPTU em Pelotas, que chega ao valor de R$1 bilhão. “Nos últimos dois anos, é assustador o índice de endividamento, principalmente da especulação imobiliária. Os grandes terrenos, de grandes empresários, são os maiores devedores de IPTU” disse a vereadora sobre a concentração do problema dos impostos na cidade.

Miriam também aponta a importância do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), iniciativa do governo federal, para o orçamento do município, mas alerta: “As finanças e o modelo de gestão precisam estar organizados, senão (o recurso) vai pelo ralo”.

Outros problemas da gestão também foram relembrados, como a perda do prazo de inscrição de Pelotas no programa Minha Casa Minha Vida. “Nós já estávamos cobrando há 10 dias, vimos a lista dos inscritos. A prefeita sabia que a cidade não estava inscrita [...]. Foi uma armação porque não há interesse da construção civil em construir faixa 1”, disse em referência à faixa do programa que contempla famílias de renda mensal até R$2.640.

A entrevista completa pode ser conferida no canal da RádioCom no Youtube.

Redação: Luis Collat