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CNJ investiga e pode demitir juízes que participaram do 8 de janeiro
O ministro Luis Felipe Salomão, corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), decidiu nesta terça-feira (12) investigar a participação de juízes e servidores nos atos de 8 de janeiro em Brasília. O CNJ recebeu informações que integrantes do Judiciário participaram ativamente dos atos golpistas. De acordo com a jornalista Camila Bomfim, da GloboNews, a investigação pode resultar na demissão dos envolvidos.
No despacho, o corregedor aponta que ”há diversas notícias na internet acerca do envolvimento de servidores públicos nos atos de cariz (aparência) golpista”. Assim, diz que é necessário investigar “se servidores ou membros do Poder Judiciário estiveram imiscuídos nesse levante contra as instituições democráticas”.
A investigação inclui a participação de magistrados e servidores “tanto nas lamentáveis depredações dos dia 08/01 quanto nos períodos anteriores”. Assim, a corregedoria determinou a tomada de providências para apurar a “responsabilidade disciplinar” dos envolvidos.
O corregedor do CNJ também pediu ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), o compartilhamento de informações sobre a suposta participação de magistrados e servidores.
“Oficie-se ao ministro Alexandre de Moraes para que sejam encaminhadas a esta Corregedoria informações acerca da presença de servidores ou membros do Poder Judiciário em procedimentos investigativos ou ações penais em curso, que tenham como objeto os episódios acima narrados”, diz o documento.
Do mesmo modo, Salomão deu prazo de 15 dias para que todas as tribunais e corregedorias informem se estão conduzindo investigações internas relacionadas à suspeita de participação de servidores ou membros do Poder Judiciário nos atos golpistas.
Golpistas no tribunal
Até o momento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou 1.409 denúncias relacionadas ao 8 de janeiro. O STF já recebeu 1.365 delas, convertendo os acusados em réus. A Suprema Corte começa a julgar nesta quarta-feira as quatro primeiras ações penais abertas contra envolvidos nos atos golpistas.
Fonte: RBA
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