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Ampliar a vacinação das crianças é o principal desafio, alerta Fiocruz
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nesta quarta-feira (16) estudo que detalha o andamento da vacinação contra a covid-19 no Brasil. O principal desafio hoje, de acordo com o documento, é a vacinação das crianças de 5 a 11 anos. Apesar de 40% terem tomado ao menos uma dose, apenas 5% estão com esquema completo. Os pesquisadores consideram as fake news contra a vacinação infantil importante causa desse ritmo insuficiente. “Os divulgadores de notícias falsas elevaram o tom da especulação, causando insegurança em muitos pais sobre os riscos de vacinar seus filhos”, diz a nota técnica.
A Fiocruz também afirma que os grupos com idades entre 12 e 49 anos são os únicos que não têm cobertura de primeira dose acima de 90%. Nesse sentido, a população entre 40 e 44 anos possui a menor cobertura entre o público alvo adulto. Além disso, as pessoas abaixo de 29 anos são as únicas com cobertura vacinal de 80% para a segunda dose/dose única. Já o grupo etário entre 35 e 49 anos é o que possui menor cobertura de primeira dose. Ao mesmo tempo, na faixa etária de 12 a 17 anos, a cobertura de segunda dose é muito menor que o restante dos grupos.
Idosos sem reforço em perigo
A Fiocruz também destaca os índices ainda insuficientes em relação às doses de reforço. Nem mesmo entre os idosos, que foram os primeiros a serem imunizados, a aplicação da terceira dose alcançou a casa dos 80%. Assim, os pesquisadores lembram que os mais velhos estão mais vulneráveis a desenvolverem casos graves da doença, sem a dose reforço.
“As internações em leitos clínicos, leitos de UTI e óbitos hospitalares têm cada vez mais concentrado exatamente entre os idosos mais longevos. Desta forma, idosos que não mantém esquema com reforço em dia estão em situação particularmente perigosa, mesmo com o arrefecimento da incidência e mortalidade na população como um todo”, alertam os pesquisadores.
Balanço da covid no Brasil
Ontem, o Brasil registrou 355 mortes pela covid-19, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Por isso, a média móvel semanal de óbitos ficou em 349/dia. É a menor dos últimos 50 dias. Nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde registraram 45.882 casos da doença. A média móvel de casos também voltou a cair, para 40.682, se aproximando, assim, da menor marca registrada nos últimos três meses.
No total, já são 655.940 mortes pela covid-19 oficialmente registradas e perto de 29,5 milhões de casos da doença.
Por Tiago Pereira, da RBA
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