Neste domingo dia 27 de novembro ocorreu a 21ª Parada da Diversidade de Pelotas. Ela começou às 14h até por volta de 21h. Marcou ainda o retorno à Avenida Bento Gonçalves. O professor José Francisco Duran, homem gay, conselheiro municipal LGBT e pelos direitos dos deficientes auditivos enfatizou a visibilidade de surdos e surdas LGBTs. "O que nós percebemos. O pessoal da Parada, do conselho LGBT, tencionar para que os corpos com deficiência tenham direitos. Direito ao seu líbido e direito a sua sexualidade". Duran ressaltou ainda a importância da edição deste ano da parada. "A importância da edição desse ano é Florescer, diante da política que estávamos vivendo, mas também da deficiência. Tivemos Intérprete de Libras, surdos LGBTs frequentando a parada, surdos subindo ao trio elétrico. Há diversidade dentro da diferença também, finaliza o professor".

A reportagem também conversou com duas pessoas do público. A primeira foi a Raquel Vargas, representando a comunidade Lésbica. " Para mim é a primeira parada, tenho 38 anos, mas é importante porque juntam pessoas com os mesmos pensamentos, que querem uma vida digna, ser vista pelo resto da sociedade". Raquel também ressaltou a parada e o simbolismo dela ainda mais agora em período de transição e mudança de governo. " Acho que tivemos muitas lutas nos últimos quatro anos, mas termina de uma maneira promissora , tem outras tantas lutas , porém , para toda comunidade é extremamente importante um governo que considere as pautas e coloque na gestão pessoas LGBTs".

Já a segunda, representada pela comunidade trans, foi Fernanda Canedo Folha. Falou da visibilidade trans e sobre a parada deste ano. " Isso é uma coisa que ter, não aqui em Pelotas, mas as cidades, capitais. Esse período de mudança de presidente vai nos ajudar cada vez mais. Não só a ser o que a gente é e o que viemos a fazer. Porque se não nos fecharmos não tem esse movimento. Quanto mais houver pessoas ajudando , vai dar tudo certo". Fernanda reiterou sobre as reinvindicações, a visibilidade que o povo trans vem tendo e o que precisa mudar . "O que vejo na minha vida, no meu ponto de vista para mudar , pessoas trans precisam ser melhor atendidas, não só as trans como travestis, como gays, enfim".

A equipe da Secretaria Municipal de Saúde ofereceu autotestes de HIV, preservativos masculinos e femininos, lubrificantes e informações aos participantes do evento.  Também se aproveitou para divulgar que na próxima quinta-feira (1º/12), dentro da programação alusiva ao Dia Mundial de Combate à AIDS, haverá uma equipe no Largo do Mercado Central, das 10 às 17h, para realizar testes rápidos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) – HIV, Sífilis e Hepatites B e C, além de orientações sobre a doença. Também será feita a distribuição de folders e autotestes de HIV e oferecidas orientações sobre Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV. 

A 21ª Parada da Diversidade também teve a apoio institucional da Prefeitura por meio de secretarias Transporte e Trânsito (STT), Segurança Pública (SSP), de Saúde (SMS), Serviços Urbanos (SSui). Os vereadores Carla Cassais (PT) e Paulo Coitinho (Cidadania) participaram da atividade.

Reportagem e edição Fábio Cóssio com informações da Prefeitura de Pelotas